Enchentes?
Indicadores da criminalidade apontam redução em maio
Patrulhamento nas ruas por causa das enchentes e o período sem sistema de registro podem ter influenciado os resultados
Divulgação - Em Rio Grande, Polícia Civil com apoio da Polícia Federal patrulharam todas as ruas alagadas
Cinco dias depois de divulgar o balanço da criminalidade do mês de abril no Estado, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) lança os indicadores de maio. Um mês atípico por causa do desastre natural que deixou a capital Porto Alegre e a região Metropolitana debaixo d'água e devastou cidades do Vale do Taquari, aponta redução na maioria dos crimes sendo que duas situações podem ter influenciado o resultado: o aumento do patrulhamento durante os resgates de pessoas ilhadas e os três dias em que o Sistema da Polícia ficou inoperante, com boletim de ocorrência somente online. A SSP diz que não houve prejuízo, pois a Delegacia Online disponibilizou campos específicos para facilitar os registros.
Como a reportagem já havia antecipado, o crime de homicídio zerou em Pelotas. Rio Grande registrou dois (três a menos que em março) crimes. Pelos dados da SSP, o furto de veículo reduziu 78,57% na Princesa do Sul e 83,33% na Noiva do Mar. Os furtos também tiveram significativa queda, com 24,66% e 58,97% respectivamente. Um exemplo citado pela 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Rio Grande, até o dia 22 de maio, foram registrados quatro arrombamentos nas casas atingidas pela enchente, em função do trabalho de patrulhamento nas ruas alagadas na ação em conjunto com a Polícia Federal que abrangeu São José do Norte, município bastante castigado pela cheia da Lagoa dos Patos.
Conforme a delegada Lígia Furlaneto, os policiais circularam a pé nos locais e conversaram com os poucos moradores que ainda ficaram nas moradias por medo de saques. "Em muitos casos, policiais conversavam com os vizinhos, perguntavam sobre pessoas que ainda estavam nas casas atingidas, se precisavam de ajuda para sair e os tranquilizava de que o monitoramento seguiria".
Golpes seguem
Mesmo diante de tragédias, como a crise climática que assola do RS, golpistas não dão trégua, sendo o estelionato o indicador que se mantém oscilando na Zona Sul. Mesmo assim, entre abril e maio foram 40 registros a menos em Pelotas e dez em Rio Grande. Já na contramão das boas notícias, o roubo de veículo aumentou na Princesa do Sul, depois de ter zerado em abril e registrar quatro no mês passado.
Confira o comparativo de março, abril e maio de alguns indicadores:
Pelotas
tipo de crime março abril maio
Furtos 270 223 168
Furto de veículos 12 14 3
Roubos 81 75 48
Abigeato 4 3 2
Estelionato 123 135 95
roubo de veículos 2 0 4
Rio Grande
tipo de crime março abril maio
Furtos 208 156 64
Furto de veículos 2 6 1
Roubos 47 45 14
Abigeato 13 7 3
Estelionato 52 50 40
Roubo de veículos 2 1 1
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